Encontras-me em ti

 

Todos os escritos são da autoria de Fernanda Cruz

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”Facilmente lembramos daqueles que, em algum momento, nos magoaram. Conseguimos lembrar de como o fizeram, do que sentimos e conseguimos até reviver a dor do momento.

A atitude para com os que nos ajudaram num momento difícil, ou para com os que simplesmente gostam de nós, por simpatia, por afinidade, também devia ser essa, a de lembrar o que sentimos por essas pessoas e ir mais longe, mostrando o quanto são especiais, o quanto apreciamos a sua companhia.

No geral as pessoas fazem isso, tem a atitude de não perdoar e lembrar todo o mal e sofrimento por que passaram, nem se dando conta que o cenário já não é o mesmo, nem as companhias. Focam-se tanto no passado que não enxergam o presente que os rodeia, como se tivessem um cesto cheio de fruta podre que não permite a colheita dos frutos frescos da época.

No meio de todas as pessoas que conhecemos, há sempre aquelas que tem mais sintonia conosco e é nessas que nos devemos focar. A partilha, nestes casos, funde o dar e receber, por haver prazer em ambos os atos. Aliás, nestes casos nem é muito nas ações que nos baseamos para saber que aquela pessoa é especial, é mais no que sentimos. Há um conforto que se manifesta cá dentro, um bem estar, um à vontade que nos desperta, nos foca.

Normalmente são discretos, muito pouco ostensivos, reservados, mas tem uma energia que abraça mesmo sem tocar. Só o facto de se pensar nessas pessoas, dá um sentimento de gratidão, por as termos conhecido, por estarem no nosso caminho, por, mais do que estarem presentes, serem um presente de Deus nas nossas vidas. Sentimo-nos lisonjeados por nos considerarem seus amigos.

Sabemos que podemos contar com eles pois a ajuda não vem de grandes ações, vem da energia, da forma como conseguimos sintonizar com eles e como instantaneamente e apenas pelo pensamento e pelo que sentimos, somos ajudados com tudo o que precisamos. Mas estes casos funcionam sempre nos dois sentidos e aquilo que são para nós, nós somos para eles.

Chamamos amigos a estes seres maravilhosos mas a energia que nos une é o amor. Como ainda não percebemos bem esta energia de amor, e porque temos de meter todos os sentimentos em caixinhas com rótulos, chamamos amizade a este sentimento, mas estou certa de que é muito maior.

Estas ligações só aparecem quando queremos ser melhores, quando estamos dispostos a elevar a vibração. Aí aparecem estes anjos vestidos de humanos e fazem-nos querer ser cada vez melhores, mostrando também o que de melhor temos. Fazem o oposto de julgar, tentam sempre compreender e estão lá para nos lembrar que somos capazes de ir mais além, sem exigir, pois atuam na nossa própria vontade.

Vale a pena despir tudo o que nos atormenta, limpar todas as poeiras que carregamos, para que a visão clara nos mostre estas sintonias, estas ligações. Depois disto, basta olhar para o lado...”

 

Fernanda Cruz

 

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